Órbita



Canção de ninar das margaridas distantes
O vento sopra perto do céu, perto de ti, que vem de Mercúrio; 
que vem das estrelas. 
Cria prismas feitos das lágrimas que foram por ti derramadas
e coloca-os no oceano, onde mãos não podem tocar.
Vidro, córregos que seguem como arco-íris em forma de passarelas;
A causa da quebra de todos os corações.

Canção de ninar das margaridas distantes
O vento sopra perto da areia, perto de mim, que surgi da Lua, 
que surgi da Terra, que surgi do ar.
As altas montanhas e as gramas nascentes, 
Fornecem vida a um solitário eclipse vermelho.


Canção de ninar das margaridas distantes
Se tu assim desejar, ficarei em silêncio
e apenas segurarei suas mãos
enquanto vamos de encontro ao mar.

Nós sabemos, os trovões e as tempestades e as dificuldades... estas nunca terminam.
Mas chega um tempo, a cada nascer do dia, em que estes se transformam
Para o sul e para longe, elas migram.

Sentados em um banco de madeira, presenciamos, entre doces ecos, a vida levando suas assas para outro lar. Fica então, somente, a sua face que brilha, que canta e chama pelo infinito; 
Você da água, eu do ar.
Verdes campos colidem e questionam: será esta sua hora de nos deixar?

Os corpos celestes concordam, acenando com suas reluzentes formas.
As flores também, e cantarolam para que todos os ouvidos escutem:
- Floresça! Floresça livre e ascenda novamente.

Floresça em novos campos, em novas formas, em novas cores, em uma nova essência.
Canção de ninar das margaridas distantes... tão distantes
que não podem mais
te alcançar.

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