Sunflower
Tempos atrás, costumava despertar as quatro ou três da manhã e pensar, entre os sorrateiros ruídos da noite, sobre o que era a solidão. Ali, a salvo e escondida, me perguntava sobre a imensidão de todas as coisas, Sobre suas formas, desejos e aromas. Sobre sua dor; sobre seus anseios. No meio da criação de novas cores, ao nascer de um novo dia, acreditava que nunca encontraria respostas para o que desejava. Seguiria incompleta; rasa. Opaca. Em um dia quente de Abril, encontrei um girassol em meio a grandes campos dourados Entre outras flores, entre outras vidas, Resolvi, então, compartilhar meus medos, junto aos galhos que formavam suas raízes. Quando crescemos, aprendemos que devemos nos tornar maqníficos, assim como a luz, assim como o sol, lhe contei. O que devemos fazer caso isso não aconteça? Girassol não me deu respostas, mas gentilmente pediu para que eu tentasse ver o mundo através de sua perspectiva: por entre os brilhantes raios de nossa Estrel...